Pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (DataSenado, 2013)

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A pesquisa do DataSenado constatou que 99% das brasileiras já ouviram falar na Lei Maria da Penha – e isso vale para mulheres de todas idades, níveis de renda e escolaridade, credo ou raça/cor.

Também a maioria – 66% – se sente mais protegida desde a sanção da Lei. Os números são da pesquisa DataSenado de fevereiro de 2013, a quinta da série histórica que começou em 2005.

Sobre a pesquisa

Entrevistas telefônicas com 1.248 mulheres, com 16 anos ou mais, residentes nas 27 UFs. A margem de erro é de 3 %. O intervalo de confiança estimado é de 95%.

Acesse a divulgação: Dilma Rousseff recebe relatório final sobre violência contra a mulher (Agência Senado, 27/08/2013)

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Violência física é a mais frequente

As mulheres que já sofreram violência declaram que o tipo mais frequente é a violência física (62%), vindo em seguida a violência moral (39%) e a psicológica (38%).

Agressor é o parceiro – atual ou ex – em 78% dos casos

Dentre as mulheres que já sofreram violência, 65% foram agredidas pelo parceiro atual, ou seja, marido, companheiro ou namorado. Os ex são apontados como agressores no relato de 13% das vítimas. Somados, os atuais e ex são responsáveis por 78% das agressões.

Parentes e cunhados aparecem em 11% dos relatos de agressão, e os padrastos, em 2%.

Apenas 35% denunciaram o agressor

Em relação à última agressão sofrida, 35% das vítimas denunciaram formalmente o agressor, enquanto 34% buscaram alternativas à denúncia formal, como a ajuda de parentes, de amigos e da Igreja, enquanto 15% não fizeram nada.

Para 74% medo do agressor é principal razão para vítima não denunciar

Para 74%, o principal motivo para não fazer uma denúncia formal é o medo do agressor; em seguida vêm a dependência financeira e a preocupação com a criação dos filhos, apontados por 34%.

A vergonha da agressão, também apontada como motivo para não denunciar, é mais frequente conforme cresce a escolaridade e a renda das entrevistadas.

Para 23,3%, muitas vítimas não denunciam os companheiros à polícia por achar que eles não serão punidos.