Impacto da violência doméstica sobre o mercado de trabalho e a produtividade das mulheres nordestinas

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Segundo a PCSVDF Mulher (Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), 12,5% das mulheres nas capitais nordestinas que estavam empregadas no momento da pesquisa sofreram algum tipo de violência doméstica nos últimos 12 meses.

Enquanto a duração média do emprego para as mulheres nordestinas que não sofrem violência é de 74,82 meses, a duração média no emprego para as que sofrem violência é de 58,59 meses, uma redução de 22%.

A pesquisa apurou também que os menores salários estão no grupo de mulheres negras que são vítimas de violência, enquanto os maiores salários estão no grupo das mulheres brancas que não sofrem violência. Além disso, as mulheres brancas que sofrem violência doméstica ainda assim recebem um salário maior que as mulheres negras não vitimadas por esse tipo de violência.

As mulheres empregadas que declaram ter sofrido violência faltaram ao trabalho 18 dias, em média, nos últimos 12 meses.

Considerando o valor do salário-hora em R$8,16 (valores nominais de 2016) e uma jornada de 8 horas de trabalho/dia, a pesquisa estima que aproximadamente R$64,4 milhões da massa salarial são perdidos como resultado do absenteísmo causado pela violência doméstica contra as mulheres nas capitais nordestinas.

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