A cada 2 dias, uma travesti ou mulher trans é assassinada no país

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Brasil segue na liderança do ranking mundial de assassinatos de pessoas trans, posição que ocupa desde 2008, segundo dados da ONG Transgender Europe (TGEU). De acordo com a pesquisa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020, pelo menos 175 travestis e mulheres transexuais foram assassinadas. O levantamento dos homicídios contra pessoas trans é realizado desde 2008 e, no último ano, a média aumentou 43,5%. 

O estudo anual considerou crimes cometidos contra travestis e mulheres transexuais e, por falta de informações, não incluiu dados sobre homens trans ou pessoas transmasculinas. Todos os homicídios têm a perspectiva de gênero como um fator determinante para as mortes.

Faixa etária das vítimas

Dentre os 109 casos em que foi possível identificar a idade das vítimas, 61 (56%) tinham entre 15 e 29 anos; 31 (28,4%) entre 30 e 39 anos; 8 (7,3%) entre 40 e 49 anos; e 9 (8,3%) entre 50 e 59 anos. Não foram encontrados casos de pessoas trans assassinadas em 2020 com mais de 60 anos. A idade média das vítimas foi de 29,5 anos. A morte prematura de jovens (15 a 29 anos) por homicídio é um fenômeno que tem crescido no Brasil desde a década de 1980, de acordo com o Atlas da Violência 2020.

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