Visível e Invisível: A vitimização de mulheres no Brasil – 2 ª Edição (Datafolha/FBSP, 2019)

Instituição/Órgão
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Âmbito
Ano
Sobre as violências sofridas por mulheres

– 536 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora em 2018;

21,8% (12,5 milhões) foram vítimas de ofensa verbal, como insulto, humilhação ou xingamento;

8,9% (4,6 milhões) foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais, o que representa 9 por minuto em 2018;

3,9% (1,7 milhão) foram ameaçadas com faca ou arma de fogo;

3,6% (1,6 milhão) sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento, ou seja,  3 por minuto;

Jovens de 16 a 24 anos (42,6%) e negras (28,45) são as principais vítimas de violência.

Sobre assédio

22 milhões das brasileiras com 16 anos ou mais relatam ter sofrido algum tipo de assédio nos últimos 12 meses;

– 32,1% (19 milhões) ouviram comentários desrespeitosos quando estavam andando na rua;

11,5% (6 milhões) receberam cantadas ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho;

7,8% (3,9 milhões) foram assediadas fisicamente em transporte público como no ônibus, metrô;

6,2% (3 milhões) foram abordadas de maneira agressiva durante balada, isto é, alguém tocou seu corpo;

5,0% (2,3 milhões) foram agarradas ou beijadas sem o seu consentimento.

Relação com o agressor

76,4% das mulheres que sofreram violência afirmam que o agressor era alguém conhecido;

– 23,8% cônjuge/companheiro/namorado;

– 21,1% vizinho*;

– 15,2% ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado.

*A categoria “vizinho” nem chegava a constar nas opções do questionário da pesquisa, mas após ser tão citada na categoria “outros”, foi incluída como resposta.

Local em que sofreu a violência

42% das vítimas apontam a casa como local da agressão;

29% sofreram violência na rua;

– 8%, na internet (rede social, aplicativo, blog);

– 8%, no trabalho;

– 3%, no bar/balada.

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e contou com patrocínio do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e Governo Federal.

O universo da pesquisa é a população adulta brasileira de todas as classes sociais com 16 anos ou mais. A abrangência é nacional, incluindo Regiões Metropolitanas e Cidades do Interior de diferentes portes, em todas as Regiões do Brasil. As entrevistas foram realizadas em 130 municípios de pequeno, médio e grande porte, no período de 4 a 5 de fevereiro de 2019.
A amostra total nacional foi de 2.084 entrevistas. A amostra total de mulheres foi de 1.092 entrevistas.

relatório também inclui cinco artigos que analisam os principais destaques da pesquisa:
“Violência contra a mulher: um desafio para o Brasil”, Valéria Scarance;
“Pode a lei penal impedir que mulheres sejam sexualmente assediadas?”, Maíra Zapater;
“Os desafios impostos pelos diferentes tipos de violência contra a mulher”, por Eugênia Nogueira do Rêgo Monteiro Villa;
“As interseccionalidades necessárias à questão do enfrentamento da violência contra mulher”, por Denice Santiago.

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