Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil 3ª Edição (DataFolha/FBSP, 2021)

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1 em cada 4 mulheres brasileiras (24,4%) acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência ou agressão em 2020 (últimos 12 meses), durante a pandemia de covid-19. A experiência de epidemias recentes, como as dos vírus da Zika (2015) e Ebola (2013), indicam que crises sanitárias exacerbam desigualdades já existentes, incluindo aquelas baseadas em status socioeconômico, idade, raça e gênero das pessoas.

Realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estudo contou com patrocínio da Uber no enfrentamento à violência contra as mulheres. A terceira edição da pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” inclui as questões relativas à pandemia de covid-19.

Outros achados do estudo:

5 em cada 10 brasileiros (51,1%) relataram ter visto uma mulher sofrer algum tipo de violência no seu bairro ou comunidade no período.

73,5% da população brasileira acredita que a violência contra as mulheres cresceu durante a pandemia de covid-19.

A precarização das condições de vida no último ano é maior entre as mulheres que sofreram violência.

A residência segue como o espaço de maior risco para as mulheres e 48,8% das vítimas relataram que a violência mais grave vivenciada no último ano ocorreu dentro de casa.

Sobre a pesquisa

O universo da pesquisa é a população adulta brasileira de todas as classes sociais com 16 anos ou mais. A abrangência é nacional, incluindo Regiões Metropolitanas e Cidades do Interior de diferentes portes, em todas as Regiões do Brasil. As entrevistas foram realizadas em 130 municípios de pequeno, médio e grande porte, no período de 10 a 14 de maio de 2021. A amostra total nacional foi de 2.079 entrevistas.

A amostra total de mulheres foi de 1.089 entrevistas, sendo que destas 879 aceitaram responder o módulo de autopreenchimento. Ambas as amostras permitem a leitura dos resultados no total do Brasil, pelas regiões: Sudeste, Sul, Nordeste e Norte/Centro-Oeste. A margem de erro para o total da amostra nacional é de 2,0 pontos para mais ou para menos.

 

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