Dossiê: Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2024 (Associação Nacional de Travestis e Transexuais, 2025)

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Ano

122 pessoas trans foram mortas violenta e intencionalmente em 2024

Houve uma queda de 16% em relação ao ano anterior (2023), mas os números ainda assustam e acendem ainda mais a preocupação acerca da urgência em assegurar proteção para pessoas trans no Brasil. 

  • 5 das vítimas eram defensoras dos direitos humanos 

A maior parte das vítimas eram travestis e mulheres trans/transexuais

Mesmo com a queda no total de casos, a letalidade contra mulheres permanece alta: das 122 mortes de pessoas trans cometidas em 2024, 117 eram contra travestis e mulheres trans.

Principal faixas-etária das vítimas: 

  • 3% eram menores de 18 anos
  • 49% tinham entre 18 e 29 anos
  • 21% tinham entre 30 e 39 anos
  • 19,5% tinham entre 40 e 49 anos
  • 6,5% tinham entre 50 e 59 anos
  • 1% tinha mais de 60 anos

Os 10 estados que mais assassinam pessoas trans no Brasil

Entre 2017 e 2024, o estado de São Paulo destacou-se como o mais letal para pessoas trans no Brasil, figurando ao lado de Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais no ranking dos cinco estados com os maiores índices de violência contra essa população.

  • Não foram encontrados registros de assassinatos nos estados do Acre, Rio Grande do Norte e Roraima em 2024.

Dentre os 86 assassinatos de pessoas trans em que foi possível determinar a raça/cor das vítimas, pelo menos 67 delas eram negras, representando 78% dos casos registrados.

38% dos assassinatos notificados em 2024 contra pessoas trans foram cometidos com arma de fogo.

O Brasil permanece sendo o país que mais mata pessoas trans, sobretudo mulheres, em todo o mundo. É o país do Transfeminicídio.

Sobre a pesquisa:

Lançada em janeiro de 2025, a 8ª edição do dossiê “Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras”, elaborado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), traz à tona um panorama alarmante das violências recorrentes enfrentadas pela população trans no Brasil. No ano de 2024, foram registradas 122 mortes de pessoas trans no país, das quais 117 eram travestis ou mulheres trans/transexuais.

A metodologia da pesquisa foi baseada a partir de estatísticas descritivas, nas quais foram realizadas coletas e revisões de dados extraídos de fontes de informações, como: órgãos públicos, veículos jornalísticos, redes sociais, entre outros. Com o propósito de enfatizar a predominância de vítimas travestis e transexuais, mas também facilitar a compreensão e interpretação das informações.

Saiba mais sobre a pesquisa