Censo das Prefeitas Brasileiras – (Mandato 2021-2024)
- Instituição/Órgão
- Instituto Alziras
- Âmbito
- municipal
- Ano
- 2023
Quantas são as prefeitas no Brasil?
As mulheres são:
- 51% da população, mas governam 12% dos municípios
As mulheres negras são:
- 28% da população, mas governam 4% dos municípios
Os homens seguem no comando de 88% das prefeituras do país.
Obstáculos que as mulheres enfrentam por serem mulheres na política:
- 47% – Falta de recurso
- 34% – Desmerecimento de seu trabalho ou de suas falas
- 26% – Assédio ou violência no espaço político
- 13% – Falta de espaço na mídia, em comparação com políticos homens
- 13% – Falta de apoio do partido e/ou base aliada
- 12% – Sobrecarga de trabalho doméstico, dificultando a participação na política
- 2% – Falta de apoio da família
- 5% – Outro
- 17% – Nenhuma das anteriores
90% das entrevistadas consideram importante a decisão que garantiu às campanhas de mulheres pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário e do tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão.
58% das Prefeitas afirmam ter sofrido assédio ou violência política pelo fato de ser mulher. O dado representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação às prefeitas do mandato anterior (2017-2020).
Além do fato de ser mulher, você considera que já sofreu alguma violência política ao longo de sua trajetória também pelos motivos abaixo?
- 28%: Seu pertencimento político e/ou partidário (perseguição ideológica)
- 20%: Sua idade (preconceito etário)
- 14%: Sua aparência física
- 7%: Sua religião/culto (intolerância religiosa)
- 4%: Sua identidade étnico racial (racismo)
- 1%: Sua orientação sexual e/ou identidade de gênero (LGBTfobia)
- 1%: Deficiência física (capacitismo)
- 12%: Outro
1 em cada 2 Prefeitas não registrou queixa ou boletim de ocorrência em função de assédio ou violência política sofridos ao longo de sua trajetória.
- Dentre as que NÃO REGISTRARAM queixas ou boletim de ocorrência:
40% não acreditam na eficácia da apuração das denúncias sobre esse tipo de violência. - Dentre as que REGISTRARAM queixas ou boletim de ocorrência:
50% consideram que os casos não contaram com a devida apuração e responsabilização dos agressores.
Violências mais frequentes na campanha de 2020
- Divulgação de informações falsas (Fake News): 74%
- Ataques, ofensas e discurso de ódio nas redes sociais: 66%
- Ataques, ofensas e xingamentos verbais presenciais: 29%
- Constrangimento em função da exposição pública de sua vida afetiva, familiar ou sexual: 20%
- Chantagens ou tentativas de extorsão: 15%
- Ameaças contra a sua vida: 12%
- Ameaças a seus familiares e/ou membros de sua equipe: 12%
- Ameaças ou constrangimentos relacionados ao financiamento de sua campanha: 9%
- Assédio sexual por atitude física ou atitude verbal: 4%
- Agressões físicas (tocando em alguma parte do seu corpo ou impedindo a sua passagem): 1%
- Nenhuma das anteriores: 7%
- Outro: 3%
50% não denunciaram para as redes sociais os perfis realizadores de discurso de ódio contra elas.
Sobre a pesquisa:
A segunda edição da pesquisa sobre as prefeitas brasileiras realizada pelo Instituto Alziras e seus parceiros, intitulada “Censo das Prefeitas Brasileiras – (Mandato 2021-2024)”, entrevistou 42% das 673 prefeitas em exercício no Brasil, incluindo as vices que assumiram após a morte de dezenas de lideranças municipais pelo vírus da Covid-19. Os dados foram tratados estatisticamente e extrapolados para a totalidade do país.