Censo das Prefeitas Brasileiras – (Mandato 2021-2024)

Instituição/Órgão
Âmbito
Ano

Quantas são as prefeitas no Brasil?

As mulheres são:

  • 51% da população, mas governam 12% dos municípios

As mulheres negras são:

  • 28% da população, mas governam 4% dos municípios

Os homens seguem no comando de 88% das prefeituras do país.

Obstáculos que as mulheres enfrentam por serem mulheres na política:

  • 47% – Falta de recurso
  • 34% – Desmerecimento de seu trabalho ou de suas falas
  • 26% – Assédio ou violência no espaço político
  • 13% – Falta de espaço na mídia, em comparação com políticos homens
  • 13% – Falta de apoio do partido e/ou base aliada
  • 12% – Sobrecarga de trabalho doméstico, dificultando a participação na política
  • 2% – Falta de apoio da família
  • 5% – Outro
  • 17% – Nenhuma das anteriores

90% das entrevistadas consideram importante a decisão que garantiu às campanhas de mulheres pelo menos 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário e do tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão.

58% das Prefeitas afirmam ter sofrido assédio ou violência política pelo fato de ser mulher. O dado representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação às prefeitas do mandato anterior (2017-2020).

Além do fato de ser mulher, você considera que já sofreu alguma violência política ao longo de sua trajetória também pelos motivos abaixo?

  • 28%: Seu pertencimento político e/ou partidário (perseguição ideológica)
  • 20%: Sua idade (preconceito etário)
  • 14%: Sua aparência física
  • 7%: Sua religião/culto (intolerância religiosa)
  • 4%: Sua identidade étnico racial (racismo)
  • 1%: Sua orientação sexual e/ou identidade de gênero (LGBTfobia)
  • 1%: Deficiência física (capacitismo)
  • 12%: Outro

1 em cada 2 Prefeitas não registrou queixa ou boletim de ocorrência em função de assédio ou violência política sofridos ao longo de sua trajetória.

  • Dentre as que NÃO REGISTRARAM queixas ou boletim de ocorrência:
    40% não acreditam na eficácia da apuração das denúncias sobre esse tipo de violência.
  • Dentre as que REGISTRARAM queixas ou boletim de ocorrência:
    50% consideram que os casos não contaram com a devida apuração e responsabilização dos agressores.

Violências mais frequentes na campanha de 2020

  • Divulgação de informações falsas (Fake News): 74%
  • Ataques, ofensas e discurso de ódio nas redes sociais: 66%
  • Ataques, ofensas e xingamentos verbais presenciais: 29%
  • Constrangimento em função da exposição pública de sua vida afetiva, familiar ou sexual: 20%
  • Chantagens ou tentativas de extorsão: 15%
  • Ameaças contra a sua vida: 12%
  • Ameaças a seus familiares e/ou membros de sua equipe: 12%
  • Ameaças ou constrangimentos relacionados ao financiamento de sua campanha: 9%
  • Assédio sexual por atitude física ou atitude verbal: 4%
  • Agressões físicas (tocando em alguma parte do seu corpo ou impedindo a sua passagem): 1%
  • Nenhuma das anteriores: 7%
  • Outro: 3%

50% não denunciaram para as redes sociais os perfis realizadores de discurso de ódio contra elas.

Sobre a pesquisa:
A segunda edição da pesquisa sobre as prefeitas brasileiras realizada pelo Instituto Alziras e seus parceiros, intitulada “Censo das Prefeitas Brasileiras – (Mandato 2021-2024)”, entrevistou 42% das 673 prefeitas em exercício no Brasil, incluindo as vices que assumiram após a morte de dezenas de lideranças municipais pelo vírus da Covid-19. Os dados foram tratados estatisticamente e extrapolados para a totalidade do país.

Acesse a pesquisa completa AQUI.

Saiba mais sobre a pesquisa