Percepções sobre controle, assédio e violência doméstica: vivências e práticas (Instituto Patrícia Galvão/Ipec, 2022)

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45% das mulheres dizem que já tiveram o corpo tocado sem seu consentimento em local público, apenas 5% dos homens admitem já ter feito isso.

32% das mulheres afirmam ter passado por situação de importunação/assédio sexual no transporte público, mas nenhum homem reconhece já haver praticado esse tipo de violência.

31% das mulheres declaram já haver sofrido tentativa ou abuso sexual.

Mais mulheres (34%) do que homens (25%) declaram terem sido obrigadas, após o fim do relacionamento, a bloquear contato, mudar de telefone (18% das mulheres x 8% dos homens) e registrar um boletim de ocorrência (15% das mulheres x 6% dos homens).

Uma em cada 4 mulheres agredidas declara que a violência doméstica acontece com frequência, enquanto apenas 1 em cada dez homens afirma sofrer violência frequentemente. Ciúme motiva a maioria das agressões, para homens e mulheres na mesma proporção. Mais mulheres (30%) do que homens (10%) apontam parceiro que estava bêbado ou drogado ao cometer a violência.

Para 9 em cada 10, amigos e familiares devem intervir se desconfiam ou sabem que a mulher está sofrendo violência doméstica.

Sobre o estudo

Estes são dados da pesquisa Percepções sobre controle, assédio e violência doméstica: vivências e práticas, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Ipec, com apoio da Uber. Foram entrevistadas por telefone 1.200 pessoas (800 homens e 400 mulheres), com 16 anos ou mais, entre 21 de julho e 1º de agosto de 2022. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. O objetivo do levantamento é compreender as experiências e percepções da população brasileira sobre recurso à violência, práticas invasivas e de controle, importunação, perseguição, assédio sexual e violência doméstica.

 

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