Pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (DataSenado, 2015)
- Instituição/Órgão
- DataSenado
- Âmbito
- nacional
- Ano
- 2015
Cem por cento das brasileiras sabem da existência da Lei Maria da Penha
Desde 2009 a pesquisa DataSenado pergunta às entrevistadas se já ouviram falar da Lei Maria da Penha e sempre registra um elevado percentual de conhecimento sobre a existência da lei: em 2011 eram 98%, e em 2013, 99%. Em 2015, praticamente 100% das entrevistadas declararam saber da Lei.
Ao mesmo tempo, em relação aos anos anteriores, menos mulheres acreditam que a proteção à mulher melhorou com a Lei Maria da Penha. Hoje, 56% apontam estar mais protegidas. Em 2013, eram 66%.
Uma em cada cinco declara já ter sofrido algum tipo de violência; dessas mulheres, 26% ainda convivem com o agressor.
Sobre a pesquisa
De 24 de junho a 7 de julho de 2015, foram ouvidas 1.102 brasileiras, na sexta rodada da série histórica sobre violência doméstica e familiar contra a mulher que o DataSenado realiza desde 2005, a cada dois anos, com mulheres de todos os estados do país.
Acesse o site do DataSenado
Saiba mais na divulgação: Brasileiras sabem da Lei Maria da Penha, mas a violência doméstica e familiar contra as mulheres persiste (DataSenado – 11/08/2015)
Em 70% dos casos o agressor é o parceiro ou ex
Uma em cada cinco declara já ter sofrido algum tipo de violência
dessas mulheres,
26% ainda convivem com o agressor
em 49% dos casos o agressor é o próprio marido ou companheiro;
em 21%, o ex-marido, ex-companheiro ou ex-namorado.
Violência física continua o principal tipo de agressão
Predominam as agressões físicas (66%), seguida da violência psicológica, que registrou crescimento, passando de 38%, em 2013, para 48%, em 2015.
Houve declínio no percentual de relatos de violência moral – de 39%, em 2013, para 31%, em 2015.
Uma em cada 4 mulheres é agredida semanalmente
23% afirmam sofrer agressões semanais
67% declaram ser vítimas de violência raramente
Cresce percepção de desrespeito à mulher
43% das entrevistadas afirmam que as mulheres não são tratadas com respeito no Brasil – em 2013, eram 35%.
A sensação é pior para o grupo das mais idosas (52%) e para as menos escolarizadas (53%).
Dentre as categorias profissionais, as empregadas domésticas são as que mais sentem falta de respeito (59%).
Diminui sensação de maior proteção após a Lei Maria da Penha
Em 2015 menos mulheres declararam acreditar que a proteção à mulher melhorou com a Lei Maria da Penha. Hoje, 56% apontam estar mais protegidas. Em 2013, eram 66%.
Analisando-se por nível de instrução, quanto maior a escolaridade mais a mulher se sente protegida com a Lei Maria da Penha. No grupo com superior completo, 70% acreditam na melhora. Já entre as que cursaram até o ensino médio o percentual fica em 53%, e cai para 42% no grupo que tem até o ensino fundamental.
Entre as mulheres com até o ensino fundamental e também para o grupo das mulheres de cor preta, o percentual de avaliação do efeito positivo da lei foi o menor, ficando em ambos abaixo de 50%.