Mapa da desigualdade 2022 (Rede Nossa São Paulo, 2022)

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A média de violência contra mulher na cidade de São Paulo aumentou 67,9% de 2020 para 2021.

O coeficiente de mulheres vítimas de violência para cada 10 mil mulheres residentes de 20 a 59 anos, por distrito, teve seu pior valor na Barra Funda, com taxa de 636,2.

O melhor valor foi registrado em Alto de Pinheiros, com 116,5. A média de São Paulo é de 234,6.

O cálculo é feito a partir dos registros por local de ocorrência do crime, para manter o anonimato da vítima. Os dados relacionados a contravenções penais compostos pela Lei n° 12.737 de 2012 conhecida como a “Lei Carolina Dieckmann”, foram imputados e categorizados como crimes sexuais, com base nas definições da Lei 11.340 de 2006, conhecida como a “Lei Maria da Penha” em que categoriza as tipologias de violência contra mulher.

Gravidez na adolescência

Os mesmos distritos que concentram as idades médias de vida mais baixas da capital são os que mais registram gravidez na adolescência. Cidade Tiradentes, por exemplo, fica em primeiro lugar com 13,3%. Já Moema aparece com 0,4%. A média geral de Sao Paulo é de 8,5%. O cálculo foi feito com o número de nascidos vivos de mulheres com menos de 20 anos dividido com o número total de nascidos vivos.

Mortalidade materna

O distrito que apontou o pior valor para mortalidade materna foi o Brás, região central de São Paulo, com taxa de 304,2. A média geral da cidade ficou em 72. Já 27 distritos apresentaram valor nulo. São eles:

Alto de Pinheiros
Bela Vista
Bom Retiro
Cambuci
Campo Belo
Campo Grande
Cursino
Ermelino Matarazzo
Itaim Bibi
Jaguara
Jardim Paulista
Lapa
Liberdade
Marsilac
Morumbi
Pari
Perdizes
Pinheiros
Raposo Tavares
República
Santa Cecília
Santo Amaro
Saúde
Tatuapé
Vila Guilherme
Vila Mariana
Vila Matilde

O cálculo para a mortalidade materna foi feito a partir da média trienal (2019 a 2021) do total de óbitos por causas maternas dividida pela média trienal (2019 a 2021) do total de nascidos vivos. Mundialmente, conforme o levantamento, houve uma queda de 45% nas taxas de mortalidade. Em 1990 era de 380. Já em 2013, número passou para 210. No Brasil, a taxa de mortalidade materna caiu de 141, em 1991, para 64 em 2011. Apesar dessa redução, esses valores ainda estão distantes dos 35 estipulados como meta para o país pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Esses são dados da pesquisa Mapa da desigualdade 2022, realizada pela Rede Nossa São Paulo, em 2022. O levantamento anual feito desde 2012 e usa informações públicas para medir a diferença entre os 96 distritos da capital em áreas como saúde, educação, moradia e cultura. O objetivo é ampliar o acesso às informações e auxiliar na elaboração de políticas públicas.

 

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