Pesquisa
Pesquisa

Assassinato de Homossexuais (LGBT) no Brasil: Relatório 2013/2014 (GGB, 2014)

Instituição/Orgão: Âmbito: / / Ano:
Faça o Download da pesquisa completa

Gays e travestis lideram os ‘homocídios’: são 94% das vítimas

Os gays lideram os “homocídios”, assasssinatos de homossexuais por homofobia, com 186 mortes (59%), seguidos de 108 travestis (35%), 14 lésbicas (4%), 2 bissexuais (1%) e 2 heterossexuais (1%).

Os gays são mortos em casa, as travestis/transexuais são baleadas na rua

O padrão predominante que foi observado no levantamento é o gay ser assassinado em sua residência, com armas brancas ou objetos domésticos, enquanto as travestis e transexuais são mortas na rua, a tiros.

Crimes de ódio praticados com extrema violência e crueldade

Pela recorrência da violência extremada, grande parte desses homicídios caracterizam-se como crimes de ódio:

“100 dos assassinatos foram praticados com arma branca (faca, punhal, canivete, foice, machado, tesoura),
93 com armas de fogo,
44 espancamentos (paulada, pedrada, marretada),
31 por asfixia,
4 foram queimados.
Constam ainda afogamentos, atropelamentos, enforcamentos, degolamentos, empalamentos e violência sexual, tortura.”

Travestis profissionais do sexo e cabeleireiros são as principais vítimas

“Predominam as travestis profissionais do sexo, 32 das vítimas (45%), seguidas de 28 cabeleireiros, 17 professores, 7 estudantes, 4 empresários e funcionários públicos, 3 atores e comerciantes, 2 aposentados, autônomos e padres.”

 

“Quanto a idade, 7% dos LGBT tinham menos de 18 anos ao serem assassinados, sendo o mais jovem uma travesti de 13 anos, da zona rural de Macaíbas (RN).”

 

 

“A cada 28 horas um homossexual brasileiro foi barbaramente assassinado em 2013, vítima da homofobia”

Produzido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais no Brasil (LGBT) compilou 312 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2013.

Sobre a pesquisa

Segundo o coordenador desta pesquisa, o antropólogo Luiz Mott, da Universidade Federal da Bahia, “a subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, já que nosso banco de dados é construído a partir de notícias de jornal, internet e informações enviadas pelas Ongs LGBT”.

O antropólogo afirma que “o Brasil continua sendo o campeão mundial de crimes homo-transfóbicos [ou ‘homocídios’]: segundo agências internacionais, 40% dos assassinatos de transexuais e travestis no ano passado foram cometidos no Brasil”.

Mais sobre o relatório: http://homofobiamata.wordpress.com/

Sumário