Percepções sobre direito ao aborto em caso de estupro (Instituto Patrícia Galvão/Locomotiva, 2022)

Instituição/Órgão
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Âmbito
Ano
  • 64% da população – o que representa mais de 120 milhões de brasileiros – conhece uma mulher ou menina que já foi vítima de estupro
  • 16% das mulheres entrevistadas já foram vítimas de estupro – isso representa 14 milhões de mulheres que já sofreram essa forma extrema de violência sexual.
  • Em 84% dos casos relatados, o estuprador foi alguém do círculo social da vítima e, em 65%, o estupro ocorreu dentro de casa.
  • Caso sofressem um estupro, 67% das mulheres entrevistadas iriam primeiro à polícia e 26% buscariam primeiramente um serviço de saúde. Mas a percepção geral é de que as vítimas não buscam esses equipamentos por vergonha e medo da exposição e de não serem acreditadas. Das mulheres que declararam já terem sido vítimas de estupro, 81% não buscaram nenhum serviço de apoio.
  • Para 87%, é direito da vítima de estupro decidir se quer ou não interromper a gravidez; 3 em cada 4 mulheres gostariam de poder contar com essa opção e 52% acreditam que optariam por interromper a gestação nesse caso.
  • 77% reconhecem que as principais vítimas da criminalização do aborto no Brasil são as mulheres pobres, que não podem pagar por um aborto realizado com acompanhamento médico.

Sobre a pesquisa
A pesquisa nacional online Percepções sobre direito ao aborto em caso de estupro foi realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva. Participaram do estudo 2 mil pessoas, com 16 anos ou mais, entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro de 2022. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

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