Percepção da sociedade sobre violência e assassinatos de mulheres (Data Popular/Instituto Patrícia Galvão, 2013)
- Instituição/Órgão
- Data Popular / Instituto Patrícia Galvão
- Âmbito
- nacional
- Ano
- 2013
Pesquisa revela significativa preocupação da sociedade brasileira com a violência doméstica e os assassinatos de mulheres por parceiros ou ex
Além de 7 em cada 10 entrevistados considerarem que as brasileiras sofrem mais violência dentro de casa do que em espaços públicos, metade avalia ainda que as mulheres se sentem de fato mais inseguras dentro da própria casa.
Sobre a pesquisa
Foram realizadas 1.501 entrevistas individuais e domiciliares com homens (48%) e mulheres (52%) maiores de 18 anos, em 100 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 10 e 18 de maio de 2013.
Realizado pelo Data Popular e o Instituto Patrícia Galvão, esse estudo inédito contou com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e da Campanha Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – uma parceria entre os poderes Executivo e Judiciário para efetivar a implementação da Lei nº 11.340/2006 e dar celeridade aos julgamentos dos casos de assassinatos de mulheres.
Proximidade da violência doméstica
Do total de entrevistados, de ambos os sexos e todas as classes sociais:
54% conhecem uma mulher que já foi agredida por um parceiro
56% conhecem um homem que já agrediu uma parceira
A casa como local de risco
Além de 7 em cada 10 entrevistados considerarem que as brasileiras sofrem mais violência dentro de casa do que em espaços públicos, metade avalia ainda que as mulheres se sentem de fato mais inseguras dentro da própria casa
43% dos homens acham que a mulher provoca a agressão
Embora 86% dos entrevistados, mulheres e homens, concordem que “quem ama não bate”
Diante da frase “mulher que apanha é porque provoca”, discordam 73% das mulheres, mas apenas 57% dos homens
Desconhecimento sobre os serviços
Os serviços de saúde e de justiça que oferecem apoio a mulheres que estão em situação de violência são pouco conhecidos
Percepção de risco crescente
A população considera que muitas mulheres não se separam de um companheiro agressor por vergonha e medo de ser assassinada
Fim do relacionamento é visto como o momento de maior risco à vida da mulher
85% concordam que mulheres que denunciam os maridos/namorados agressores correm mais risco de serem assassinadas por eles
92% concordam que, quando as agressões contra a esposa/companheira ocorrem com frequência, podem terminar em assassinato.