Percepção da Sociedade sobre o Tráfico de Mulheres (Datafolha/Associação Mulheres pela Paz, 2016)

Instituição/Órgão
Âmbito
Ano

Sobre o tráfico de mulheres

96% dos entrevistados acreditam que há tráfico de mulheres no Brasil; 82% avaliam que isso ocorra em sua própria cidade.
16% declaram conhecer, mesmo que só de ouvir falar, vítimas de tráfico de mulheres.
68% consideram que crianças e mulheres são as principais vítimas do tráfico humano.
43% acreditam que o tráfico de mulheres é realizado com o consentimento das vítimas.
80% concordam que as vítimas estão em busca de uma vida melhor.
55% acreditam que as vítimas estão em busca de vida fácil.
54% conhecem o Ligue 180 como canal de denúncia e obtenção de informações, indicando que o tráfico de mulheres é percebido como uma forma de violência contra a mulher.
99% acreditam que o tráfico de mulheres deve ser denunciado.
93% concordam que as vítimas que denunciam os responsáveis pelo tráfico correm risco de serem assassinadas.
87% concordam que faltam informações sobre tema do tráfico na mídia.
17% das pessoas entrevistadas se sentem bem informadas sobre tráfico de mulheres.
66% avaliam que a cobertura da mídia tem viés criminal, o que contribui para culpabilizar as vítimas e aumentar o preconceito.

Sobre a pesquisa

A fim de contribuir para o debate e para o avanço de políticas públicas de enfrentamento ao tráfico de mulheres, em especial nas áreas de prevenção, responsabilização e atendimento a vítimas, a Associação Mulheres pela Paz encomendou ao instituto Datafolha pesquisa para avaliar a percepção e o conhecimento da população sobre o assunto. Foram realizadas 1.585 entrevistas com mulheres e homens de 16 anos ou mais, de 26 a 28 de abril de 2016, em oito capitais: Florianópolis/SC (região Sul); Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP (região Sudeste); Goiânia/GO (região Centro-Oeste); Natal/RN e Fortaleza/CE (região Nordeste); e Belém/PA (região Norte).

Os entrevistados foram abordados em pontos de fluxo populacional e cada entrevista teve duração de cerca de 15 minutos, utilizando-se questionário com cerca de 20 perguntas, que incluíram questões estimuladas.

Saiba mais: Para metade dos brasileiros, vítima do tráfico de mulheres busca ‘vida fácil’ (Folha de S.Paulo, 27/07/2016)

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