O Papel da Arma de Fogo na Violência Contra a Mulher, 3ª edição (Instituto Sou da Paz, 2024)
- Instituição/Órgão
- Instituto Sou da Paz
- Âmbito
- nacional
- Ano
- 2024
Ferimentos provocados por arma de fogo resultaram na morte de 2,4 mil mulheres a cada ano no Brasil, em média, entre 2012 e 2022. Em 92% desses casos as mulheres foram vítimas de agressões, ou seja, homicídios cometidos com arma de fogo. Em seguida, lesões autoprovocadas e acidentes foram a causa de 4% e 1% dos óbitos femininos decorrentes de lesões por arma de fogo, respectivamente, neste período, restando 3% de causas indeterminadas para o ferimento que levou ao óbito.
Para cada duas mulheres assassinadas no Brasil, uma é vítima de agressão cometida com arma de fogo.
- 6 assassinatos por dia
- 1 assassinato a cada 4 horas
Homicídios de mulheres com arma de fogo no Brasil (2012-2022):
- 2012: 2.332
- 2013: 2.323
- 2014: 2.390
- 2015: 2.278
- 2016: 2.339
- 2017: 2.641
- 2018: 2.330
- 2019: 1.817
- 2020: 1.920
- 2021: 1.913
- 2022: 1.878
Homicídios de mulheres com arma de fogo, por faixa etária (2022):
- 0-14 anos: 3%
- 15-19 anos: 11%
- 20-29 anos: 35%
- 30-39 anos: 25%
- 40-59 anos: 22%
- 60 anos +: 3%
Homicídios de mulheres com arma de fogo, segundo raça/cor (2022):
- Pardas: 62%
- Brancas: 30%
- Pretas: 7%
- Indígenas: 0,5%
- Amarelas: 0,3%
1 em cada 2 mulheres assassinadas no Brasil é vítima de arma de fogo.
Homicídios de mulheres por meio empregado (2022):
- Arma de fogo: 50%
- Força física, sufocação, enforcamento, estrangulamento: 9%
- Objeto cortante ou penetrante: 27%
- Objeto contundente: 7%
- Não especificado: 4%
- Outros: 4%
Quem são os homens que ameaçam a vida de mulheres com armas no Brasil?
- Pessoas próximas (parceiros íntimos, amigos, conhecidos e/ou familiares): 43%
- Desconhecidos: 40%
- Policiais: 2%
- Outros vínculos: 6%
- Sem identificação sobre autoria: 8%
Sobre a pesquisa:
A 3ª edição da pesquisa “O Papel da Arma de Fogo na Violência Contra a Mulher”, realizada pelo Instituto Sou da Paz em 2024, oferece uma análise aprofundada dos impactos das armas de fogo no Brasil entre 2012 e 2022. O estudo utiliza dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), ambos do Ministério da Saúde, que documentam tanto óbitos violentos quanto casos de agressão e outros tipos de violência não letal atendidos na rede de saúde.