Impactos de feminicídios em familiares: saúde mental, justiça e respeito à memória (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT, 2022)

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Em 32,4% dos casos de feminicídio analisados, os episódios de violência e as ameaças ficaram mais graves ou mais frequentes nos seis meses anteriores ao crime.

Em todos os casos, havia histórico de violências físicas ou psicológicas entre as partes.

Em 44,1% dos casos, familiares e amigos já haviam presenciado agressões anteriores.

Os filhos das vítimas também presenciaram situações de violência prévia em 32,4% dos casos, e nove crianças ou adolescentes foram diretamente expostos à cena do feminicídio.

A maioria dos familiares de mulheres vítimas de feminicídio não foi contatada pelo sistema de justiça, apesar de conhecerem o histórico de violência entre o autor e a vítima.

Também houve agravos na saúde mental, especialmente dos filhos das vítimas, que, além de perder a mãe, em muitos casos foram separados dos irmãos e viram o pai ser preso.

Sobre o estudo

Estes são dados da pesquisa Impactos de feminicídios em familiares: saúde mental, justiça e respeito à memória, realizada por integrantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT, em 2022.

A metodologia usada foi a quanti-qualitativo de análise documental de 34 processos judiciais de feminicídios consumados ocorridos no Distrito Federal, entre 2016 e 2017 e entrevistas semiestruturadas a 21 familiares de
vítimas de 19 mulheres assassinadas no contexto de violência doméstica.

 

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