Dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva (Criola, 2020/2021)

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Com dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e órgãos federais e estaduais, o dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva, realizado pela organização Criola, apresenta um compilado de informações com o enfoque nas desigualdades raciais e a produção de dados desagregados por raça/cor e por sexo quanto à violência física, feminicídio, letalidade violenta, racismo religioso, dentre outras violações.

O relatório sistematiza dados quantitativos nacionais e estaduais sobre Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCAs) e Direitos Sexuais e Reprodutivos (DSDR) e também apresenta uma produção de dados qualitativos realizados por 100 mulheres, em sua maioria negras, em três localidades do estado do Rio de Janeiro: Belford Roxo; Duque de Caxias; Zona Oeste do Rio.

Em 2019, dos 2.833 estupros registrados no estado do Rio de Janeiro, 1.609 (56,79%) vitimaram mulheres negras e 851 (30,04%), mulheres brancas. Em 353 casos, não foi informada a raça/cor da vítima. As mulheres negras que sofreram algum tipo de violência no mesmo ano somam 1.914 (56,59%) e as mulheres brancas, 1.010 (29,86%). E, ainda, 434  dos casos não informaram a raça/cor da vítima.

O dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva, para além de ser resultado de levantamento e geração popular de dados, se propõe a ser uma ferramenta interativa para maior contato e interação com os dados qualitativos e quantitativos. Ao início de cada seção, há apresentação de dados quantitativos em sequências de páginas que compõem os quadros de cada dimensão.

 

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