Violência contra a mulher: o jovem está ligado? (Data Popular/Instituto Avon, 2014)

Instituição/Órgão
/
Âmbito
Ano

Sobre a violência contra as jovens

– Apenas 8% das mulheres admitem espontaneamente já terem sofrido violência do parceiro e só 4% dos rapazes reconhecem que já tiveram atitudes violentas contra parceiras, o que evidencia a naturalização e banalização da violência contra as mulheres. Mas quando são citados alguns tipos de ações violentas, 66% das mulheres reconhecem que já sofreram violência e/ou controle por parte do parceiro e 55% dos homens admitem que já praticaram violência contra a parceira.

– 3 em cada 5 mulheres jovens declaram já haver sofrido violência em relacionamentos.

– 51% relatam que, após o término do relacionamento, sofreram ameaças, foram seguidas pelo ex, ou este ficou enviando mensagens ou ainda espalhando boatos sobre a mulher.

– 28% dos homens ouvidos no estudo afirmam ter repassado imagens de mulheres nuas aparentemente produzidas sem autorização que receberam pelo celular, sejam elas fotos ou vídeos.

– 37% das jovens relataram que tiveram relações sexuais forçadas sem proteção.

– Um terço das mulheres já foi xingada ou impedida de usar determinada roupa, 40% declaram que o parceiro tentou controlá-las por meio de ligações telefônicas para saber onde e com quem estavam, e 53% das jovens já tiveram mensagens ou ligações no celular vasculhadas.

– Uma em cada três jovens também já foi proibida de conversar virtualmente com amigos, sofreu invasão da conta de alguma das redes sociais utilizadas e até mesmo amizades virtuais foram excluídas pelo parceiro.

Sobre a pesquisa

O estudo foi realizado pelo Instituto Avon, em parceria com o Data Popular, por meio de plataforma online de autopreenchimento, entre os dias 8 e 13 de novembro de 2014, com questionário respondido por 2.046 jovens – mulheres e homens – de 16 a 24 anos. A amostra é nacional, contemplando as cinco regiões do país, e a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Saiba mais: 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos, aponta pesquisa (Agência Patrícia Galvão, 03/12/2014)

3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos

3-em-5-violencia-avon

Naturalização da violência nos relacionamentos

A pesquisa revela também altos índices de naturalização da violência nos relacionamentos, que é mais associada a agressões físicas.

Apenas 8% das mulheres admitem espontaneamente já terem sofrido violência do parceiro e só 4% dos rapazes reconhecem que já tiveram atitudes violentas contra parceiras.

nao-admite-avon

Mas diante de exemplos de atos violentos como ameaçar, xingar, humilhar, controlar, impedir de sair ou de usar determinada roupa, entre outros, 55% dos homens declararam ter realizado tais práticas e 66% das mulheres afirmaram ter sido alvo de alguma das ações citadas por parte do parceiro.

acoes-violentas-avon

Metade sofreu violência após o fim da relação

51% já sofreram ameaças, foram seguidas pelo ex, ou este ficou enviando mensagens ou ainda espalhando boatos sobre a mulher.fim-relacionamento-avon

 

37% tiveram relações sexuais forçadas sem proteção

sexo-forcado-avon

Um em cada 4 homens já repassou imagens de mulheres nuas sem consentimento delas

Um terço das mulheres já foi xingada ou impedida de usar determinada roupa, 40% declaram que o parceiro tentou controlá-las por meio de ligações telefônicas para saber onde e com quem estavam, e 53% das jovens já tiveram mensagens ou ligações no celular vasculhadas.

Uma em cada três jovens também já foi proibida de conversar virtualmente com amigos, sofreu invasão da conta de alguma das redes sociais utilizadas e até mesmo amizades virtuais foram excluídas pelo parceiro.

Mais de 40% dos entrevistados já se relacionaram afetivamente com alguém que conheceu via web, e muitos já praticaram sexo virtual.

28% dos homens ouvidos no estudo afirmam ter repassado imagens de mulheres nuas aparentemente produzidas sem autorização que receberam pelo celular, sejam elas fotos ou vídeos.

controle-internet-avon

Saiba mais sobre a pesquisa