Máquina de moer gente preta: a responsabilidade da branquitude (Rede de Observatórios da Segurança, 2022)
- Instituição/Órgão
- Rede de Observatórios da Segurança
- Âmbito
- estadual
- Ano
- 2022
7 mulheres registraram notificação de eventos violentos por dia. Tentativa de feminicídio e feminicídio são os casos mais recorrentes.
Em São Paulo os maiores números absolutos de casos chegam a 902 registros de violência contra o público feminino.
Na Bahia há o maior crescimento dos índices de violência contra a mulher com aumento de 47% em relação ao último ano.
Pernambuco ocupa o primeiro lugar no ranking entre os estados do Nordeste e também é o que mais mata mulheres trans em toda a rede. São 13 registros de transfeminicídios no estado que no ano passado registrou uma onda de ataques contra travestis.
Violência contra crianças e adolescentes
A violência contra crianças e adolescentes somou 1.101 casos, ocorre em sua maioria em casa e são cometidas por pessoas que têm relações próximas às vítimas. Estupro, homicídio e agressão física são os principais tipos de violência praticadas contra menores de 18 anos.
São Paulo é o estado com o maior número de casos absolutos nesse indicador e obteve um aumento de 15% em relação ao último ano.
Rio de Janeiro foi o estado que apresentou a maior alta de um ano para outro, com 40% mais casos que no período anterior.
Pernambuco é pelo segundo ano seguido o estado mais letal para os jovens, com registro de 73 homicídios.
Já Piauí e Maranhão lideram os índices de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes no Nordeste, com 47 e 44 registros, respectivamente.
Sobre o estudo
Dados do relatório “Máquina de moer gente preta: a responsabilidade da branquitude”, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, em 2022. No terceiro ano de acompanhamento, a Rede de Observatórios da Segurança registrou 21.563 eventos violentos nos sete estados que acompanha: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo, entre 16 indicadores de violência.