Violência doméstica e familiar contra magistradas e servidoras do sistema de justiça (USP/FGV, 2022)

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40% das magistradas e servidoras já sofreram algum tipo de violência doméstica, segundo levantamento Violência doméstica e familiar contra magistradas e servidoras do sistema de justiça, coordenada pelas professoras Fabiana Cristina Severi, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP, e Luciana de Oliveira Ramos, da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, em 2022. O estudo contou com a participação de 300 mulheres que atuam no sistema de Justiça brasileiro, sendo 51% servidoras e 49%, juízas. Com relação ao perfil das respondentes, 72% se autodeclaram brancas, 25% negras, 2% amarelas e 1% outros. Apenas 4% das respondentes informaram ter algum tipo de deficiência.

Dentre as servidoras e magistradas que responderam já ter passado por esse trauma: 81% revelam que o(s) incidente(s) ocorreram há mais de um ano, 13% afirmam que sofreram esse tipo de violência nos últimos 12 meses e 6% contam que enfrentam atualmente essa situação.

Os tipos de violência mais citados foram psicológica (92%), moral (47%), patrimonial (32%), física ou ameaça (31%) e sexual (16%). Os principais autores das violências foram: companheiro/marido atual ou ex (83%), genitores (14%), irmãos/ãs (7%), tios/as ou sobrinhos/as (6%) e filhos/as (1%).

Quanto à rede de apoio buscada para dialogar por categoria, 85% das respondentes buscaram conversar sobre a violência com alguém, sendo parentes: 78%, amigas ou amigos: 71%, psicóloga ou psicólogo 63%, família do agressor: 19%, policiais e médicos: 14%, líderes religiosos: 12%, organizações não governamentais 3% e vizinhos: 1%.

 

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