Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil 5ª Edição (DataFolha/FBSP, 2025)
- Instituição/Órgão
- Datafolha / Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)
- Âmbito
- nacional
- Ano
- 2025
Principais violências sofridas por mulheres em 2024:
- 31% – Ofensas verbais
- 17% – Agressão física
- 16% – Stalking
- 11% – Violência sexual
- 4% – Divulgação de fotos ou vídeos íntimos na internet
Situações vivenciadas com parceiro ou ex-parceiro ao longo da vida:
- 32% – Te menosprezou repetidamente, a ponto de você se sentir inútil
- 31% – Deu um soco ou bateu em paredes ou portas quando estava com raiva
- 29% – Pegou seu celular ou computador para checar suas mensagens contra a sua vontade
- 17% – Pediu que você deixasse de trabalhar fora de casa ou estudar
- 16% – Ameaçou se suicidar porque estava triste ou chateado com você
- 10% – Te impediu de ter ou manter seu próprio dinheiro
Principais autores das violências:
- 40% – Parceiro íntimo
- 27% – Ex-parceiro íntimo
- 8% – Amigo/conhecido
- 5% – Pai/mãe
Local onde ocorreram as violências:
- 57% – Em casa
- 12% – Na rua
- 5% – Na internet/redes sociais
- 3% – No bar/balada
- 2% – No trabalho
Quantas vezes sofreu a violência?
- 30% – 1 vez
- 39% – 2 ou três vezes
- 16% – 3 ou 4 vezes
- 15% – 6 vezes ou mai
Perfil das vítimas:
- 64% mulheres negras
- 29% – mulheres brancas
- 4% – mulheres amarelas
- 2% – mulheres indígenas
Faixa-etária das vítimas:
- 17% – 16 a 24 anos
- 28% – 25 a 34 anos
- 23% – 35 a 44 anos
- 22% – 45 a 59 anos
- 9% – 60 anos ou mais
91,8% das mulheres afirmam que a violência foi testemunhada por terceiros:
- 47% – Amigos ou conhecidos
- 27% – Filhos
- 12% – Outros parentes
Medidas adotadas pela vítima após o episódio mais grave de violência:
- 47% não fez nada
- 19% procurou ajuda de familiares
- 15% procurou ajuda de amigos
- 6% procurou a igreja
- 14% denunciou em uma Delegacia da Mulher
- 10% denunciou em uma delegacia comum
- 2% ligou para a PM no 190
- 2% ligou para a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180)
Motivos para não buscar a polícia após um caso de violência:
- 37% – Resolveu sozinha
- 18% – Falta de provas
- 14% – Não acreditou que a polícia pudesse oferecer solução
- 14% – Medo de represálias
49,6% das brasileiras foram vítimas de assédio em 2024:
- Rua (41%), transporte público (15%) e ambiente de trabalho (21%) foram os espaços onde ocorrem mais assédios
Em 2025, os índices de vitimização de mulheres por violência alcançaram o ponto mais alto registrado entre 2017 e 2025.
Sobre a pesquisa:
A 5ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, lançada em março de 2025 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em conjunto com o Instituto DataFolha e apoio da Uber, entrevistou 2.007 mulheres brasileiras com 16 anos ou mais em 126 municípios. Realizada entre 10 e 14 de fevereiro de 2025, a pesquisa utilizou um questionário de cerca de 20 minutos e incluiu um módulo específico sobre vitimização. O estudo traz dados inéditos sobre as diversas formas de violência sofridas por meninas e mulheres no país.