Sobre homicídios de mulheres

– Em 2015, 4.621 mulheres foram assassinadas no Brasil, o que representa uma taxa de 4,5 mortes por 100 mil mulheres. É importante ressaltar que, com base nesses dados do SIM não é possível identificar qual parcela dessas mortes corresponde a feminicídios, uma vez que o SIM não fornece essa informação.

– O estudo aponta que, ainda que a taxa de homicídios de mulheres tenha aumentado 7,5% entre 2005 e 2015, quando se analisam os últimos anos observa-se uma melhora gradual neste indicador, que caiu 2,8%, entre 2010 e 2015 e teve uma queda de 5,3% no último ano da série (2015).

– Enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras – brancas, indígenas e amarelas – diminuiu 7,4% entre 2005 e 2015, atingindo 3,1 mortes para cada 100 mil, o índice de assassinatos de mulheres negras aumentou 22% no período, atingindo a taxa de 5,2 mortes para cada 100 mil mulheres negras. Assim, a proporção de mulheres negras entre o total de mulheres vítimas de mortes por agressão passou de 54,8% em 2005 para 65,3% em 2015.

– Ranking dos Estados: o levantamento mostra que, enquanto o estado de São Paulo apresentou uma queda de 34,1% na taxa de assassinatos de mulheres nesses 11 anos, Maranhão teve aumento de 124,4%. O Atlas 2017 aponta também em 2015 registrou-se redução na taxa de homicídio de mulheres em 18 unidades da federação. Para este ano, enquanto São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal apresentavam as menores taxas, Roraima, Goiás e Mato Grosso lideravam o ranking dos estados com maior prevalência de assassinatos de mulheres.

Sobre a pesquisa

Editada anualmente, esta publicação apresenta uma análise sobre os homicídios com dados para todo o Brasil e também por regiões, unidades federativas e municípios. Além disso, o estudo realiza recortes por gênero e raça.

O Atlas da Violência é elaborado a partir da consolidação dos dados de mortalidade registrados no SIM/DataSUS (Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde), referentes ao ano de 2015 e disponibilizados em maio de 2017, com apoio de informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Pesquisadores do Ipea e FBSP: Daniel Cerqueira, Renato Sérgio de Lima, Samira Bueno, Luis I. Valencia, Olaya Hanashiro, Pedro H. G. Machado, Adriana S. Lima.

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