Trans Murder Monitoring / Observatório de Pessoas Trans Assassinadas (TGEU, 2017)

Instituição/Órgão
Âmbito
Ano

Sobre assassinatos de pessoas trans e gênero-diversas

– Entre outubro de 2016 e setembro de 2017, foram relatados 171 assassinatos de pessoas trans e gênero-diversas no Brasil, que correspondem a 52% do total dessas mortes no mundo, o que o torna o país que mais mata a população trans em números absolutos no universo alcançado pelo monitoramento.

– Nos 71 países monitorados, um total de 2.609 pessoas trans e gênero-diversas foram mortas entre janeiro de 2008 e setembro de 2017, sendo que 1.071 desses homicídios ocorreram no Brasil.

– Em números relativos (ou seja, quando comparada a taxa de mortes a cada 100 mil habitantes, que permite a comparação entre países com diferentes níveis populacionais), o Brasil aparece com a terceira maior taxa, atrás apenas de Honduras e El Salvador.

Sobre o observatório

Anualmente, a organização Transgender Europe (TGEU),  atualiza os dados da pesquisa Trans Murder Monitoring (TMM), ou Observatório de Pessoas Trans Assassinadas na tradução livre em português. A TGEU monitora experiências de pessoas trans e gênero-diversas com violência e criminalidade desde 2009 e costuma divulgar dados atualizados do TMM no dia 20 de novembro, Dia da Visibilidade Trans (os dados de 2017 estão disponíveis em inglês e espanhol).

Para o levantamento dos dados brasileiros, a TGEU contou com a colaboração das organizações ASTRA Rio, Grupo Gay da Bahia e Rede Trans Brasil, que se baseiam principalmente em informações veiculadas na mídia, internet e informações pessoais.

Além do TMM, a organização produz e divulga também relatórios sobre o tema em diferentes línguas, incluindo alguns em português, disponibilizados nesta página. Segundo seu relatório O círculo vicioso da violência: pessoas trans e gênero-diversas, migração e trabalho sexual, divulgado no final de 2017 (acesse), “como os assassinatos de pessoas trans e gênero-diversas não são sistematicamente registrados, o número real é certamente muito maior” do que os registrados no TMM.

Saiba mais sobre a pesquisa